Nosso Cinema

A melhor fonte de críticas de cinema

Mais de uma dezena de filmes da Mostra retratam situação ambiental do planeta

Documentários, ficções e curtas em realidade virtual que integram a programação chamam a atenção para colapso 

Treze títulos selecionados para a 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo refletem sobre o meio ambiente, trazendo memórias, reflexões   ou ensaiando um possível futuro. Os filmes com essa temática que compõem o programa foram produzidos em diversos formatos: são documentários, ficções e curtas em realidade virtual.

Entre eles estão os documentários europeus O Tempo das Florestas, de François-Xavier Drouet, que fala sobre a fase de industrialização sem precedentes, das florestas, Hálito Azul, de Rodrigo Areias, que mostra como uma vila que se sustenta com a pesca sofre ao ficar esmagada entre o oceano e a costa de um vulcão, e Campo, de Tiago Hespanha, que retrata um campo militar perto de Lisboa —o maior da Europa—, onde para além de testes militares de diferentes países, convivem ornitólogos, apicultores, pastores, pássaros, abelhas e ovelhas.

Além deles, também será exibido A Grande Muralha Verde, de Jared P. Scott. Produzido por Fernando Meirelles, o filme protagonizado por Inna Modja, cantora e ativista do Mali, percorre o “muro” de oito mil quilômetros de árvores que se estende por toda a largura do continente africano. 

O brasileiro Tuã Ingugu, curta de Daniela Thomas sobre os Kalapalo, etnia que vive no Parque Indígena do Xingu, será exibido antes do longa Amazônia, Sociedade Anônima. Diante do fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, o documentário de Estêvão Ciavatta mostra como índios e ribeirinhos, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta.  

Além deles, serão exibidos o pré-indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro pela Macedônia, o documentário Honeyland, de Ljubomir Stefanov e Tamara Kotevska, Wantoks: Dança de Resiliência na Melanésia, de Iara Lee, as ficções A Interrupção, de Lav Diaz, Música e Apocalipse, de Max Linz, Pelo Nome de Tania, de Bénédicte Liénard e Mary Jiménez, e os filmes em realidade virtual Songbird, de Lucy Greenwell, e o nacional Fogo na Floresta, de Tadeu Jungle.

COMPENSAÇÃO AMBIENTAL NA MOSTRA

A 43ª Mostra se compromete a diminuir o impacto ambiental das emissões de gases de    efeito estufa e resíduos por meio da redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa e gestão de resíduos.