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48ª MICSP: O CINEMA NO ESPAÇO E NO TEMPO

O cinema no espaço.

Países participantes. A Mostra Internacional de Cinema em São Paulo seleciona anualmente filmes produzidos nos mais diversos lugares do mundo. Até o momento, pelo menos 82 países estão envolvidos em produções. São eles: Afeganistão, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Benin, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Bulgária, Butão, Cabo Verde, Canadá, Catar, Cazaquistão, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Croácia, Cuba, Dinamarca, Egito, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Groenlândia, Guiana, Holanda, Hong Kong, Hungria, Índia, Indonésia, Irã, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Jordânia, Kosovo, Letônia, Líbano, Lituânia, Luxemburgo, Macedônia, Malásia, Marrocos, México, Noruega, Palestina, Paquistão, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Dominicana, República Tcheca, Romênia, Rússia, Senegal, Sérvia, Singapura, Somália, Sri Lanka, Suécia, Suíça, Tailândia, Taiwan, Tunísia, Turquia, Ucrânia, Uruguai, Venezuela e Vietnã.

A Mostra também exibe títulos que trazem diversos olhares sobre o Oriente Médio, como os filmes “Contos de Gaza“, do palestino Mahmoud Nabil Ahmed, “Happy Holidays“, do palestino Scandar Copti, “Israel Palestina na TV Sueca 1958-1989“, do sueco Göran Olsson, “A Lista“, da iraniana Hana Makhmalbaf, “No Other Land“, dos palestinos Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor, o libanês “Linha Verde“, de Sylvie Ballyot, “Por Que a Guerra?” e “Shikun“, ambos do diretor israelense Amos Gitai. Além disso, três longas com roteiro e direção do cineasta palestino Michel Khleifi serão revisitados na Mostra: “A Memória Fértil” (1980), “Núpcias na Galiléia” (1987), vencedor do prêmio da crítica no Festival de Cannes e do prêmio de melhor filme no Festival de San Sebastián, e “O Conto das Três Joias Perdidas” (1995).

Obras em realidade virtual também integram a programação da 48ª Mostra. Filmes no formato estarão disponíveis no Sesc 14 Bis, na Cinemateca Brasileira e no Metrô Itaquera.

O cinema no tempo.

Integra a programação de obras restauradas o brasileiro “Também Somos Irmãos” (1949), de José Carlos Burle, restaurado pela Cinemateca Brasileira e um dos primeiros filmes a abordar o racismo no Brasil. Também serão exibidas cópias restauradas de “Onda Nova – Gayvotas Futebol Clube” (1983), de Ícaro (Francisco) C. Martins e José Antonio Garcia, exibido na 7ª Mostra e logo em seguida proibido pela censura, “Um É Pouco, Dois É Bom” (1970), de Odilon Lopez, “Brincando nos Campos do Senhor” (1991), de Hector Babenco, e o curta inédito “Auto de Vitória” (1966), do baiano Geraldo Sarno, com sessão com debate com o cantor Tom Zé.

Em homenagem a Rogério Sganzerla, morto há 20 anos, a Mostra exibe a versão digitalizada do longa “Abismu” (1977), que teve roteiro e direção do catarinense. A nova cópia do filme foi exibida no Festival de Locarno em 2023.

A Mostra também celebra os 40 anos de lançamento de “Paris, Texas” (1984), de Wim Wenders, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, com a exibição da restauração digital do negativo original. Além dele, homenageia os 20 anos de “Os Educadores” (2004), dirigido por Hans Weingartner, que estará presente no evento, com sessões do longa restaurado. Também vai exibir a nova cópia do documentário “Tokyo Melody: Um Filme sobre Ryuichi Sakamoto” (1985), de Elizabeth Lennard.

Também será exibida em memória aos 50 anos da Revolução dos Cravos a cópia restaurada de “Capitães de Abril” (2000), de Maria de Medeiros, vencedor do prêmio do júri de melhor filme da 24ª Mostra. A exibição será seguida de uma conversa com a diretora. Os 100 anos de nascimento do italiano Marcello Mastroianni serão celebrados com a exibição de “Marcello Mio” (2024), de Christophe Honoré, exibido no Festival de Cannes. Cópias restauradas de seis filmes com o ator produzidos em diferentes países completam a homenagem pelo centenário: “Dois Destinos” (1962), de Valerio Zurlini, “Um Homem em Estado… Interessante” (1973), de Jacques Demy, “O Apicultor” (1986), de Theo Angelopoulos, “Olhos Negros” (1987), de Nikita Mikhalkov, “Três Vidas e Só uma Morte” (1996), de Raúl Ruiz, e “Viagem ao Princípio do Mundo” (1997), de Manoel de Oliveira.

Para mais informações sobre a 48ª MICSP, acesso o site oficial clicando aqui. Acompanhe a nossa cobertura diária, com críticas dos filmes e matérias sobre o evento.